Solidão que sufoca

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A solidão tem aumentado cada vez mais. Temos tendido a nos distanciar emocionalmente das pessoas por uma série de fatores: necessidades que mudam a ordem de prioridade em cada fase da vida, e acabam se sobrepondo à outras que nunca deveriam ser invertidas dentro de nós. 

Por falar nisso, você sabe qual a necessidade que nunca deveria ser invertida dentro de nós e que deveria sempre vir em primeiro lugar na nossa vida?

É a de estabelecer conexões. Mas não é qualquer conexão não. Ela tem de ser profunda, com amor e expressão de afeto, senão facilmente invertemos: colocamos coisas no lugar de pessoas que não nos conectamos profundamente. 

E nessa busca por conexões inerente a todos seres humanos, há aqueles que são da turma do contra. Sabe aquelas pessoas que gostam de resistir a tudo? Aqueles que relutam, relutam e até geram fadiga por serem tão relutantes? Pois é. Esses são as pessoas mais iludidas sobre não quererem se conectar com ninguém.

Eles podem até ficar resistindo o quanto quiserem, negando a existência dessa necessidade (quase que instintiva) dentro de nós, que mesmo assim ela vai estar lá, intacta, gritando para ter seu lugar de primazia em nossa vida.

Alguns tentam calar essa necessidade de todos os jeitos: indo em busca de distrações: drogas, prazeres fúteis, vícios… E nessa jornada, acabam fazendo um grande esforço para “enterrar viva” essa necessidade, fingindo que ela não existe. 

Porém, ela é resistente, teimosa, imperativa. Cada palmo de profundidade para tentar enterrá-la nos recônditos das profundezas da alma, faz ela gritar, gritar e gritar cada vez mais alto e forte: “Eu estou aqui! E quero conectar com pessoas!”.

Aí, a pessoa pode ter duas opções: tentar ignorar essa voz interior, vivendo sua vida sozinho(a), isolado de tudo e de todos; ou ouvi-la e ir em busca da tão necessária conexão: se doar, conhecer, ser íntimo, ser uma vela que se consome para ser luz na vida dos outros.

E não adianta tentar viver uma vida tentando ser autossuficiente, tentando se bastar. Isso é impossível. Aqueles que “se bastam”, se tornam fortes candidatos(as) a adquirirem transtornos emocionais, dentre elas a depressão como sendo a principal. Os indivíduos que “se bastam” acabam adquirindo uma visão muito pessimista e paradoxal da vida, pois passam a acreditar que ninguém se importa com eles.

A pessoa que “se basta”, comunica através de suas atitudes que não precisa de ninguém. Daí, começa a ver as pessoas se afastado, deixando ela de lado, sem fazer muita questão da presença dela, tamanha a arrogância que carrega consigo. E aí, o arrogante que se basta, começa a ficar pessimista com o mundo e os outros, mas se esquece que foi ele quem começou alimentando o tratamento dos outros se tornar indiferente para com ele.

Uma das coisas mais belas na vida é descobrir que dentro de cada um de nós há um poder. E esse poder é capaz de te fazer experimentar momentos indescritíveis e inesquecíveis. O nome dele é amar. Amar a todos, inclusive aqueles que são ou foram imperfeitos contigo. 

Na tentativa de usar esse poder, descobrimos uma outra coisa: somos todos portadores de um mistério. Esse mistério também tem um nome que, ao você entrar em contato com ele, você acaba descobrindo que usá-lo é mais fácil do que se imagina. O nome desse mistério é: o dom da mudança. Só através dela é que nos capacitamos para conseguir amar quem nos feriu ou vai nos ferir algum dia.

Mas para descobrir o poder que esse dom tem dentro e fora de você, você precisa querer exercitá-lo. E não é difícil. Só precisa de disposição e persistência. 

Quer um conselho? Tente: é uma experiência inesquecível e profundamente emocionante!

Escrito por Guliver Nogueira (14.08.2021)

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