Retrato de alguns relacionamentos sociais

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Quero alguém que seja compreensivo(a), mas não quero compreender o outro.

Quero alguém que seja atencioso(a), mas eu não quero dar atenção a quem precisa.

Quero alguém que me ouça, mas eu não quero ouvir ninguém.

Quero alguém que admita seus erros, mas eu não quero admitir os meus.

Quero alguém que me ensine como ser melhor, mas eu não quero ensinar o que sei.

Quero corrigir as pessoas, mas não quero ser corrigido(a) por ninguém.

Quero alguém batalhador do meu lado, mas eu não quero batalhar junto com ela.

Quero alguém que seja sincero(a), mas eu não quero manifestar minha sinceridade.

Quero alguém que manifeste seus sentimentos, mas eu escondo os meus.

Quero alguém que seja humilde, mas eu quero me manter orgulhoso(a).

Quero alguém parceiro(a), mas eu não quero ser parceiro(a) quando o outro precisar.

Quero alguém decidido(a), mas eu quero ficar na indecisão.

Quero alguém que me respeite, mas eu não quero respeitar.

Quero alguém que seja pacífico(a), mas eu quero brigar.

Quero alguém que me faça feliz, mas o outro tem que ser feliz sozinho(a).

A lista pode ser infinita: quero sempre algo dos outros, mas ninguém pode querer nada de mim.

Você se reconhece aí? Ou reconhece alguém? O nível do narcisismo na era pós-moderna estão alcançando níveis estratosféricos. Quem vive se doando e não se reabastece, uma hora se esvazia. E pessoas vazias passam a ser descartáveis na vida de quem só recebia.

Só temos 2 caminhos: ou as pessoas aprendem direito a manifestar a reciprocidade e viver relacionamentos psicologicamente saudáveis ou o mundo e as pessoas ficarão cada vez mais narcisistas e insuportáveis!

E você, qual caminho você escolhe?

Escrito por Guliver Nogueira (16.08.2021)

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