Como fazer sua vida ser mais interessante?

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Todas as vezes que estamos diante de situações difíceis ou incômodas de serem experimentadas e vividas, queremos consolo.

Geralmente, a inclinação natural é a busca por consolo humano. Quando temos esse consolo, ficamos felizes. Quando não temos, ficamos tristes.

Quando alguém se dispõe a nos consolar diante de um problema difícil, isso é até interessante quando acontece uma ou duas vezes. Agora, há uma “serpente tentadora” escondida por trás dessa busca por consolo e ajuda.

E o nome dessa serpente é dependência emocional. É assim que criamos dependência emocional das pessoas: quando temos um problema, nos fragilizamos diante dele e queremos alguém para nos acalmar e dizer que vai dar tudo certo.

Fico imaginando esse cenário diante da figura dos homens da atualidade. Hoje em dia, quando um homem passa por alguma dificuldade, a maioria pode se ver tentado a ir em busca de consolo feminino ou busca de alívio do estresse. Um nome bonito para dizer: “tô um bagaço hoje! Quero colo!”.

A mulher, geralmente até acolhe. Uma, duas vezes. Porém, quando isso começa a acontecer muitas vezes, com frequência alta e constante, a mulher pode mudar o olhar dela para com o homem que está tendo essas atitudes. E ela passa a ver o homem semelhante a uma criança, no máximo um adolescente reclamão, que está encarando a vida e querendo consolo da mulher dele quando o “bicho papão” aparece.

A admiração feminina para com homem que está com ela é a condição primordial para o desejo feminino. Sem a admiração, o desejo cai. A vontade de ter intimidade também. E, consequentemente, queixas masculinas aumentam, ou as puladas de cerca na busca de consolo afetivo através do sexo, acontecem. Retrato perfeito da sociedade atual. Ou será que estou inventando?

Sabe por que seu relacionamento muitas vezes dá errado? Por que vocês mulheres, não empoderam mais os homens a serem homens, deixando-os resolver os seus próprios problemas. E vocês, homens, fogem da responsabilidade de encarar os seus monstros pessoais, para se refugiar em distrações. 

Quando a mulher cria na vida do homem esse papel de anular o poder dele de resolver os problemas, o homem se incomoda com isso. Isso gera nele a necessidade de alívio emocional. Sem perceber, o incentivo de busca por distrativos está sendo estabelecido. Para o homem fica cômodo estar na posição de deixar a mulher fazer de tudo, mas ficar nisso só aumenta sua irresponsabilidade para aprender a lidar com seus próprios problemas. Para a mulher, aceitar esse papel pode ter seus benefícios, mas também tem um preço.

Sentir falta de algo ou alguém que representa o consolo e alívio diante de tantos desconfortos emocionais é o sintoma clássico de dependência emocional.

Por isso, pode ser que hoje em dia esteja tão na moda falar que você precisa se amar em primeiro lugar, antes de se doar ao outro e que cuidar do outro envolve antes cuidar de si, etc.

Se a mulher acaba aceitando ficar fazendo o papel de única e exclusiva resolvedora dos problemas e aliviadora das emoções desconfortáveis do homem, ela vai gerar nesse homem a condição perfeita para ele manifestar possessividade, ciúmes, carência entre outros. E, provavelmente, ela vai precisar se anular para fazer sua vida girar em torno das necessidades masculinas, pois ela gerou uma atrofia sendo assim: o homem deve saber exatamente o que fazer para se aliviar de seus incômodos, quando está mal.

Problemas individuais existem na vida de cada pessoa que existe nessa terra. E cada um deveria saber resolver sozinho seus problemas, para ficar bem. Isso é bem característico da vida de adulto, não é? Porém, isso nos relacionamentos de hoje em dia praticamente não existe. A dependência emocional? Está lá, firme e forte na dinâmica entre o casal. Cada um ter sua vida própria para acumular vivências de histórias emocionantes e cheias de aventuras para serem compartilhadas? Não acontece mais.

E a vida de cada um vai ficando pacata, monótona, sem graça e sem vida. Dividir minhas experiências com o outro? Quais, sendo que praticamente é impossível viver algo superador, pois alguém sempre me salva de mim mesmo. Pra quê dividir minha jornada de superação? A vida que se vive está tão sem graça, que o outro não vai querer saber de nada, se for contar para ele(a) o que estou vivendo.

O que nós precisamos entender é a fórmula para conseguir tornar a nossa vida SEMPRE mais interessante de ser vivida e compartilhada: surge a necessidade de resolver um baita problema – eu fico com resistência para resolver e tento fugir – vejo que não dá para fugir, e passo a aceitar que eu terei que ir resolver o problema – decido e vou enfrentar o problema – amigos se juntam a mim nessa resolução como apoio – na caminhada, aprendo as habilidades que preciso para vencer os desafios inerentes ao problema – supero os desafios junto com a ajuda de muitos – resolvo o problema – fico feliz e realizado – volto para casa para contar as histórias vividas.

Simples assim.

E aí, sua vida é interessante? Ou você é dependente de outras pessoas fazerem tudo para tentar tornar a sua vida ser um pouco mais interessante?

Escrito por Guliver Nogueira em 12.12.2021

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